domingo, 16 de novembro de 2014

consciência da consciência

Semana da consciência negra .

““... Eu não sou racista esse é
 meu ponto de vista moro...”
(Racionais mc)

Essa semana  comemoraremos  a consciência negra, mas vale a pena lembrar cinco  pontos importantes para nossa luta como um todo não apenas por nossa consciência mas para nossa sobrevivência como raça  
 Primeiro - consciência histórica de que nós fomos vitimas do MAIOR  SEQUESTRO  coletivo da historia da humanidade .
 Segundo - consciência cultural: de que quando fomos SEQUESTRADOS, trouxemos conosco como forma de resistência nossa cultura ( musica ,religião, artes e etc.)  que construiu a identidade nacional da qual gozamos  hoje,
Terceira - consciência política: de que compomos a maior parte dos cidadãos e ainda sofremos preconceito por parte de uma minoria branca que é racista declarada ou ainda pior “afetivisa” (se me permitem o neologismo) o racismo pondo-o ao lado do coração, mas ainda sim conquistamos alguns avanços (longe de ser o ideal).
Quarta-consciência de si: que entende o orgulho de sermos negros, sujeitos políticos ideológicos religiosos, ou seja, sujeitos humanos na sua integridade, então pense irmãos  “...de que vale roupas caras se não  tem atitude , de que vale a negritude se não pó-la em pratica  a principal tática herança da nossa mãe áfrica , a única coisa que não puderam roubar , se soubessem o valor que nossa raça tem , tingiam a palma da mão para ser escura também...”
Consciência - material: de que ainda não disputamos de igual condição, vagas de lideranças ou papeis enquanto protagonistas, (quando muito somo tratados como beleza exótica ),e nossos salários ainda são menores que os brancos .
“Enquanto não entendermos que, o capitalismo, é branco e “imbranquecedor” teremos de comemorar nossa consciência e teremos ameaçada nossa existência.


quarta-feira, 17 de outubro de 2012


Um arco íris sem cor
Dificuldades enfrentadas pelo segmento LGBT em Situação de Rua

Acreditamos que a população em situação de rua LGBT é um dos segmentos que mais sofre com a invisibilidade, pela questão da homofobia e da influência cultural/religiosa da nossa sociedade. Se por um lado, sofrem todo tipo de preconceito de seus pares hetéros, que encontram-se em situação de rua, também são vitimas das ações truculentas das forças de segurança.
Observamos que as especificidades da população em situação de rua com relação à diversidade sexual (identidade e papel de gênero) são características que não são consideradas pelo poder público. Se nos atentarmos aos dados do censo 2011http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/chamadas/censo_1338734359.pdf
, notaremos que não há se quer menção ao segmento populacional LGBT que se encontra situação de rua no município de São Paulo. No que tange aos dados informados, tão pouco é apresentado à metodologia em que este instrumento foi construído, pois por um “jogo” de conveniência do poder público, este segmento não é reconhecido, (pois a partir de seu reconhecimento, haverá a necessidade de um novo desenho para as políticas públicas existentes).
A sociedade pós-moderna, com todos os avanços tecnológicos, é um campo fértil, no entanto o que predomina é heteronormatividade. Esta característica influencia em práticas de atendimento no cotidiano, que muitas vezes, impedem LGBTs a acessarem alguns equipamentos públicos como Centros de Acolhida, que muitas vezes alegam que não podem garantir a integridade física do usuário e não possuem estrutura física para realizar o acolhimento. De acordo com o blog Sociedade Mais Plural: “A maior queixa é a intransigência dos abrigos, que proíbem a entrada de mendigos travestidos”.
Atribuímos esses impedimentos de acesso a falta de uma diretriz por parte do poder público que padronize os atendimentos nos centros de acolhida. Salientamos que a falta dessas práticas vão contra IV princípio da Política Nacional de Assistência Social: “Igualdade de direitos no acesso ao atendimento, sem discriminação de qualquer natureza (...)”
Reconhecemos que existem algumas ações a favor do segmento, como a criação do único Ambulatório de Saúde Integral para Travestis Transexuais, especializado no atendimento da população trans, que está situado na Rua Santa Cruz, 81 Vila Mariana. Questionamo-nos sobre a localização deste equipamento de saúde, visto que, as pessoas que necessitam deste atendimento, encontram-se em maior concentração na região central, alguns em situação de rua, mas a maioria a mercê de procedimentos rudimentares e caseiros (como a aplicação de silicone industrial, uso indiscriminado de hormônios, etc).
Temos ciência de alguns equipamentos da assistência como Espaços de Convivência para pessoas em situação de rua e Centros de Acolhida, que possui membros sensíveis a questão e elaboram estratégias para atender este segmento, como a criação de novos horários do banho, sensibilização da equipe para um atendimento igualitário, entre outras ações.
Na controvérsia dessas afirmações postas pelo poder publico, existem grupos que debatem no sentido contrario aos documentos produzidos pela municipalidade, que divulgam informações que contradizem o que está nos documentos oficiais.  Wagton Rogério, da Sociedade Mais Plural, um blog que trata da questão, apresenta números de pesquisas realizadas na cidade, que dão maior subsídio para contraposição de dados. http://sociedademaisplural.blogspot.com.br/2011/06/gays-moradores-de-rua-uma-realidade-sem.html.
Valorizamos as ações existentes, mas acreditamos que é dever do Estado à garantia ao acesso a serviços públicos com humanidade, qualidade e respeitos as especificidades individuais. 

segunda-feira, 15 de outubro de 2012


Imagine
Por Peterson A. Silva
Imagine uma escola sem salas.
Imagine uma escola aberta à comunidade.
Imagine uma escola onde a burocracia e somente no limite das necessidades.
Imagine uma escola totalmente aberta à comunidade.
Imagine uma escola em que a comunidade participa das decisões tomadas nela.
Imagine uma escola onde a relação entre educador e educando e pautado no respeito mutuo.
Imagine uma escola onde tudo serve de aprendizagem.
Imagine uma escola onde se pode transitar entre todas as áreas do conhecimento.
Imagine uma escola onde todos os espaços são possíveis para aprender.
Imagine uma escola onde os alunos são os donos das demandas.
Imagine uma escola onde o objetivo é somente o de aprender e o de ensinar.
Imagine uma escola onde o ”então é isso” seja uma constate.
Imagine uma escola assim.
Então agora pare de imaginar e faça.

domingo, 14 de outubro de 2012


Quem a policia ,policia ?
Por: Peterson A. da Silva
Posto que no processo ditatorial em que o pais viveu entre 64 a 86 tem algumas lacunas a serem preenchidas. Não quero aqui, apenas com esse pequeno comentário, compreender a complexidade desse fenômeno brutal que compõe o cenário histórico brasileiro, no entanto gostaria aqui de problematizar com todos os que apreciam o debate franco e sem medo, que não cabe a simples compreensão da ditadura como fenômeno que reside apenas no passado, ou seja, da veracidade aos verbetes burgueses que a ditadura “caiu de podre“ é no mínimo concordar com o fato de que o passado reside distante de nós, quando na verdade se paramos para analisar, até mesmo sem o mínimo rigor, compreenderemos que o processo ditatorial teve (e tem) um projeto de poder econômico, politico e social posto. Dessa forma pensamos aqui que as estruturas historicamente se alteraram no sentido de se adaptar às demandas exigidas pela política norte-americana, pois a ditadura escancarada serviu a dois propósitos mais elementares: o fato de a mesma acabar com toda a crítica que vinha das lutas de grupos que ansiosos pela superação do capital, que se opunham ao regime, e dessa forma esses grupos angariavam entre os trabalhadores muita simpatia por toda América latina, outro aspecto é o fato de abrirem as portas ao capital estrangeiro, pois dentro de um simples olhar veremos que até então na história do país nunca se tinha e visto o advento de tantas empresas, sobretudo as americanas, uma vez que esse processo se cumpriu se fez necessária a “retirada“ para cumprir outra exigência do capital que nada mais é do que a democracia no modelo burguês.
Dentro dessa orientação a ditadura transferiu toda a sua força nefasta de controle social para a polícia, pois compreendemos que a polícia nesta sociedade nada mais é do que o braço armado do estado, sendo assim é vital para a manutenção do “bem estar” do estado um controle rígido dos fluxos antagônicos que disputam ou questionam esse modelo posto, um item que nunca se transferiu foi o controle desses instrumentos de controle social. Traduzindo isso em exemplos mais palpáveis basta apenas perceber que os senhores da tortura ainda ocupando cargos públicos, às vezes de alto escalão, outro item que nos chama atenção é que uma grande maioria desses antigos “senhores” são proprietários ou acionistas das empresas de segurança privada e patrimonial.
Dessa forma a ditadura nunca acabou, mas sim encontra formas mais sutis de torturas e cerceamento da liberdade do povo, e suas vítimas são sempre os trabalhadores, favelados, negros, homossexuais, e todos aqueles que com muita ousadia de liberdade de espírito se propõem a fazer a crítica das ações dos senhores da tortura. Para exemplificar o que digo basta ver os espetáculos promovidos pelo BOPE nos R.J., ROTA em São Paulo, e o mais alarmante é o fato de tudo isso ser aplaudido pela classe média e a burguesia nos seus programas de televisão que fazem clara apologia ao uso da força extrema da polícia a partir de uma suspeita que apenas é fundamentada no fato do indivíduo estar a caminhar pelas ruas de seu bairro que, para nossa surpresa acreditem, moram nas zonas periféricas da cidade, mesmo assim continuamos a construir uma crítica mordaz, pois ousamos lutar e ousamos vencer.

Funk fúria.
Certa vez estava em um debate onde tive dois momentos distintos, o primeiro, saber que existem pessoas que realmente se interessam em entender os aspectos da cultura que emano do povo sem a balança do maniqueísmo, e por outro lado aqueles que olham apenas um aspecto da cultura e tomam por não gostarem de algo que insistem em ser combatido (como se o gostar influi na arte )dentro dessa perspectiva o "combate " dos guerreiro da "boa" arte presta um desserviço para a compressão das diferentes formas de culturas criadas  através de suas vivencias materiais , dessa forma fica aqui um exemplo que não pode e não deve ser "combatido" mas sim debatido e estudado, pois toda forma de cultura tem de ser compreendida e não mais "combatida" pois temos exemplos históricos do mal dessa forma de pensar .

Mídia medíocre
Por Peterson.
Faz algum tempo que somos atacados por programa de TV que em sua busca desmedida e desenfreada criaram a “era” dos  reality shows , mas sinceramente não há um tempo atrás   ouvi  muita coisa sobre a garota que decidiu cortar os cabelos como uma atração do programa de TV . Bom, temos que ver uma coisa, que na TV não existem acasos ou variáveis e quando há vemos isso nas chamadas falhas de gravação. Outro ponto que gostaria de evidenciar é o fato de aonde chegamos? Lugar onde seres humanos se propõem a terem sua dignidade constrangida por fama e dinheiro, isso já nos diz que não existe dignidade, e sim ambição desenfreada. Assim sendo, o que essa pessoa faria com o outro que ela julgasse que atrapalha o seu caminho? Isto é um sinal que nossa humanidade esta ameaçada. Outro aspecto que gostaria de levantar, que são fatos realmente relevantes, é que nosso país é uma das dez maiores economias do mundo, no entanto nosso IDH é vergonhoso. Outro ponto é que três vezes mais pessoas morrem por arma de fogo aqui do que no Iraque (e ainda nos achamos melhores), nossas crianças tem uma escola medíocre, nossos professores ganham um salário de fome, o salário mínimo é vergonhoso, descobrimos recentemente a cachoeira de dinheiro sujo do  Cachoeira, nossos hospitais mais matam que salvam e por ai vai, e nós realmente iremos perder tempo com essa balela televisiva?

Não é lindo
Por Peterson
Sempre quando converso com pessoas elas me perguntam com que você trabalha? .Eu respondo sou educador social, ai elas dizem nossa que lindo, pois bem ai vai e resposta, acredito que não exista nada de lindo nem tão pouco romântico, pois trabalhar com pessoas em completa situação de desagregação material e mental não tem nada de romântico, conviver com crianças, adultos que lhe é negado os subsídios mais básicos para sobreviver, não tem nada de romântico, conviver com crianças que desde a mais tenra idade já conhecem a violência como idioma  recorrente, não e romântico, saber que existe pessoa que aos 15 anos de idade não conhecem o que é ir ao shopping , ao cinema , nem sabem sequer ode fica o parque do Ibirapuera não é lindo, perceber que ao seu lado crianças já deixaram de existir , por que a vida lhe foi ceifada , não é lindo ,saber que a educação no brasil é dividida por um balcão , ou seja a educação publica prepara os que vão estar atrás do balcão para servir e a educação privada prepara os que vão estar na frente para serem servidos  não é lindo , conhecer um  adolescente que já sente que seus direitos mais elementares sempre foram negados , não é lindo . Sou educador social pelo simples fato de que sou um trabalhador, comunista, e humano, neste sentido faço meu trabalho, porque é a mais rígida obrigação moral, humana e tenho plena convicção que é um trabalho que tem de ser feito, pois este é historicamente negligenciado pela nação, não acredito em instituições, e sim na pratica diária de todos aqueles, que tem por certeza que não é lindo esse trabalho mais si uma postura  politica , educacional , filosófica, pedagógica, histórica enfim humana , pois todos os dias temos de lembra-los que  nada nem ninguém pode apagar sua humanidade , e que temos de aprimora-la todos os dias, dessa forma me aprimoro e meu trabalho não é lindo é apenas um trabalho em que eu optei como pratica de vida , para não me esquecer todos os dias que somos humanos em sua formar mais imperfeitamente perfeita .